Se for aprovado como está, o projeto de lei que amplia a isenção de IR até R$5.000 para quem ganha até 5 mil reais por mês pode trazer alívio real no orçamento de milhões de brasileiros. Mas, como toda medida grande, há prós e contras — e é preciso entender bem de onde vem esse dinheiro “que deixa de ser arrecadado”.
O que muda com a isenção de ir até R$5.000,00

De acordo com o governo, cerca de 10 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova faixa de isenção.
Isso significa que parte da renda que antes era tributada voltará para o bolso desses trabalhadores, aumentando a renda líquida disponível.
A faixa atual para isenção está em torno de R$ 2.259,20. Se o projeto virar lei como proposto, em 2026 quem receber até R$ 5.000,00 mensais deixará de pagar IR sobre essa parte da renda.
Para muitas famílias, isso representa mais espaço para poupar, investir ou até pagar dívidas. É uma mudança significativa para quem vive com orçamento apertado.
Benefícios para a economia doméstica
Mais dinheiro no bolso
Menos imposto retido significa que o contribuinte pode guardar parte desse valor. Isso pode aumentar a poupança pessoal ou permitir investimentos, o que contribui para o crescimento financeiro individual.
Estímulo ao consumo
Com mais renda disponível, é provável que parte desse dinheiro seja usado no consumo — especialmente para bens, serviços ou pequenas melhorias na vida cotidiana. Isso pode aquecer a economia local.
Menos burocracia para declarar
Com mais pessoas dentro da faixa de isenção, a declaração de IR pode se tornar mais simples para muitos, reduzindo a complexidade no planejamento financeiro pessoal.
Riscos e impactos negativos

Por mais que a Isenção de IR até R$ 5.000,00 traga uma vantagem direta para milhões, há desafios importantes para o equilíbrio fiscal e orçamentário:
Menor arrecadação
Excluir da tributação quem ganha até R$ 5.000,00 significa uma renúncia fiscal relevante.
Compensação via alta renda
Para compensar, o projeto prevê uma tributação mínima para quem tem renda muito alta. Segundo a legislação proposta, quem ganhar mais de R$ 600 mil por ano será taxado com uma alíquota crescente até 10%.
Pressão fiscal e risco inflacionário
Com mais recursos circulando nas classes de menor renda, pode haver aumento de consumo. Isso é bom para a economia, mas também pode gerar pressão sobre a inflação, dependendo de como esses recursos forem usados.
De onde o governo vai “tirar” esse dinheiro
Para equilibrar as contas, a proposta prevê:
Tributação mínima para os mais ricos
Como mencionado, pessoas com renda elevada (acima de R$ 600 mil/ano) pagarão uma alíquota mínima de IR, mesmo que suas deduções normalmente reduzam bastante o imposto.
Redistribuição de recursos
A medida é pensada como uma forma de justiça tributária: desonerar quem ganha menos, enquanto os mais ricos contribuem mais fortemente.

Neutralidade fiscal (segundo o governo)
Segundo o Ministério da Fazenda, o projeto foi desenhado para ter impacto “neutro” na arrecadação.
Estratégias para você aproveitar bem a isenção
Se você estiver nessa faixa, vale usar a economia para fortalecer sua reserva de emergência.
Considere aplicar micro-hábitos financeiros — separar automaticamente parte do valor economizado para investir ou poupar.
Planeje seus gastos: não gaste toda a economia de imediato; pense em prioridades como educação, quitação de dívidas ou investimentos.
Conclusão
A isenção de IR até R$ 5.000,00 pode ser uma mudança poderosa para muitos contribuintes — trazendo mais renda líquida e liberdade financeira. Mas, para que isso funcione bem para todos, o governo precisa garantir que a perda de arrecadação seja compensada de forma justa e sustentável.
Para você, é uma oportunidade de revisar suas finanças: use essa brecha para poupar, investir ou organizar melhor seu orçamento. A decisão de como usar esse “extra” pode fazer toda a diferença.
