Introdução
Na manhã de 18 de novembro de 2025, o Banco Central oficializou a liquidação do Banco Master, ou em um termo mais técnico e preciso, a liquidação extrajudicial do Banco Master, uma medida drástica que interrompe imediatamente suas operações. Simultaneamente, a Polícia Federal prendeu o controlador do banco, Daniel Vorcaro, como parte da Operação Compliance Zero, que investiga emissão de títulos possivelmente fraudulentos. O desfecho desta crise marca um momento crítico para o sistema financeiro brasileiro e levanta importantes alertas para investidores.
Para os clientes, a liquidação do Banco Master gerou incertezas imediatas sobre saldos, operações e acesso ao atendimento. Mas calma, se você é cliente investidor desse banco, até o final deste artigo você saberá tudo sobre seu capital.

1. Por que o Banco Central decretou a liquidação do Banco Master
- Segundo o BC, o Master enfrentava uma grave crise de liquidez e cometeu “graves violações” às normas do sistema financeiro. CNN Brasil+2CNN Brasil+2
- O modelo do Master era questionado: captava recursos com rentabilidade muito acima da média do mercado e usava ativos de risco, como precatórios, para sustentar esses papéis. Correio Braziliense
- A medida foi assinada pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, que nomeou a EFB Regimes Especiais de Empresas como liquidante, com amplos poderes para vender ativos, pagar credores e liquidar a instituição. Correio Braziliense+1
- A liquidação extrajudicial implica a retirada do banco do Sistema Financeiro Nacional caso a situação seja considerada irreversível. CNN Brasil
2. Prisão de Daniel Vorcaro e Operação Compliance Zero
- Na mesma data da liquidação, a Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, por suspeitas de gestão fraudulenta, “organização criminosa” e emissão de títulos irregulares. Correio Braziliense+1
- As investigações apuram se o Master criou carteiras de crédito sem lastro real, que sustentavam os títulos com alta remuneração oferecidos a investidores. Agência DC News+1
- Com essa prisão, o BC reforça que a liquidação não é apenas por risco financeiro: há suspeitas graves de fraude operacional. Correio Braziliense
3. A tentativa (e o fracasso) de compra pela Fictor Holding
- Um dia antes da liquidação do Banco Master, a Fictor Holding Financeira, com investidores dos Emirados Árabes Unidos, havia anunciado uma proposta para adquirir o Banco Master. Correio Braziliense
- No entanto, com a decretação da liquidação, a Fictor suspendeu a operação. O Dia
- A proposta era vista como uma possível “salvação”, mas os riscos estruturais e a crise de confiança pareceram superar o apelo da aquisição.
4. Rejeição prévia do BRB: sinal de alerta
- Antes da proposta da Fictor, o Banco do Brasília (BRB) tentou comprar parte do Master (49% das ações ordinárias + 100% das preferenciais), mas o BC vetou a operação. Reuters+1
- A justificativa regulatória girava em torno da insustentabilidade de ativos da Master, especialmente os de risco elevado. Reuters+1
- Relatos dizem que o BRB revisou seu valor de proposta porque parte dos ativos avaliados era “problemática” ou pouco líquida. Reuters
5. Papel do liquidante e destino dos ativos
- A EFB Regimes Especiais de Empresas foi designada para gerir a liquidação do Banco Master: vai inventariar bens, vender ativos e executar pagamento dos credores. Agência Brasil+1
- A Master Corretora de Câmbio, parte da mesma estrutura, também foi incluída na liquidação extrajudicial. Agência Brasil
- Bens dos controladores e ex-administradores foram tornados indisponíveis para garantir que parte dos recursos possa responder por dívidas. Agência Brasil
6. Impacto para depositantes, credores e investidores
- Muitos correntistas e investidores de CDBs precisam agora acompanhar a atuação do liquidante e o processo de habilitação para credores no regime de liquidação. CNN Brasil
- O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) pode entrar para compensar credores, mas há limite: o teto garantido é de R$ 250 mil por pessoa/instituição. Portal de notícias Brasil em Folhas
- A liquidação do Banco Master pode ser longa porque depende da venda de ativos, alguns de difícil avaliação, e da organização das dívidas.
7. Lições para o sistema financeiro e para investidores
- O caso Master ressalta os riscos de bancos que oferecem altas taxas de captação sem estrutura de lastro robusta.
- Mostra que não basta crescer rápido: há limite para a sustentabilidade de estratégias agressivas de captação.
- É um alerta para investidores de renda fixa: “altas taxas + promessas de FGC” são atrativas, mas não isentas de risco sistêmico. Quer aprender mais sobbre como proteger seu capital com micro hábitos financeiros saudáveis? Então cliente aqui.
- Regulações podem se tornar mais rígidas para evitar que outros bancos repitam esse modelo.
Conclusão
A liquidação do Banco Master é um capítulo preocupante para o mercado financeiro brasileiro, mas essencial para preservar a integridade do sistema. Para investidores, é hora de monitorar com atenção como será feito o ressarcimento — especialmente quem tinha CDBs ou depósitos elevados na instituição.
Para maiores informações, procure direto na fonte FGC.
Este episódio reforça uma máxima importante: rentabilidade alta pode vir com riscos sérios. Em finanças, o equilíbrio entre retorno e segurança nunca deve ser ignorado.

